Seguindo a linha da história e evolução do design, a postagem de hoje volta mais uma vez ao passado e fala sobre um movimento distinto e curioso por natureza: O Arts and Crafts. Tal peculiaridade se deve ao fato desse ser um movimento pensado e fundado sobre uma ideologia e com um objetivo.
O que é isso, afinal?
Contextualizando o período, nos encontramos na Inglaterra da segunda metade do século XIX, sob o vapor da Revolução Industrial. O criador do movimento Arts and Crafts, William Morris, era crítico às tendências de sua época, à produção industrial em série, à frieza do ferro, ao cotidiano racional das metrópoles e principalmente ao distanciamento entre o trabalhador e o resultado do seu trabalho. O resultado dessa reflexão é o que dá nome ao estilo, que em bom português significa "Artes e Ofícios".

O estilo desenvolvido por William Morris e Philip Webb é muito facilmente reconhecível, uma vez que ele tenha se tornado intrínseco a referências comuns a todos, como no design de livros infantis clássicos e diagramação de outros tipos de textos antigos, embora seus elementos dificilmente façam parte do cotidiano moderno. A priorização do acabamento artesanal, do detalhamento, dos desenhos e o uso de cores que remetem á natureza, junto a valorização da técnica, do material usado, do processo de criação e uso final do produto são as características que fazem do Arts and Crafts um estilo que, embora há muito negligenciado, marcou uma época e tornou-se referência histórica e ideológica.
Stéfane Souto
custodi illam euntem
ResponderExcluirQuia illuc